A leitura destas observações sobre a cirurgia plástica de reconstrução mamária servirá para esclarecê-la sobre os detalhes que certamente estão lhe interessando no momento.
A reconstrução mamária com o TRAM é normalmente realizada em três (3) tempos cirúrgicos em ordem decrescente de grandeza do porte cirúrgico, isto é, a primeira cirurgia é a maior e mais complicada de todas sendo a última a mais simples e rápida.
No primeiro tempo, a pele e gordura da porção inferior do abdome (abaixo do umbigo) são levadas para a região da mastectomia (local da mama extirpada) junto com os músculos reto abdominais, que levarão o suprimento sangüíneo para a pele e gordura abdominais do retalho. A elevação destes músculos deixa uma área de enfraquecimento no abdome que é reforçada com uma tela de material especial de uso médico (Tela de MARLEXâ). São deixados drenos de sucção na região do abdome e da mama reconstruída. A cicatriz final no abdome é semelhante à de umaabdominoplastia, sendo facilmente escondida em um biquíni, porém não se deve esperar o mesmo resultado estético para o mesmo.
Na região mamária, a cicatriz dependerá daquela deixada pelo mastologista na hora da mastectomia.
No segundo tempo, são realizadas simetrizações entre a mama reconstruída e a mama normal com o intuito de deixá-las o mais parecidas possível.
No terceiro tempo, são reconstruídos o mamilo e a aréola. Esta última pode ser reconstruída com um enxerto de pele da virilha ou através de sessões de tatuagem.
O intervalo de tempo entre as cirurgias é de, no mínimo, seis meses, ficando a critério do seu cirurgião a data mais apropriada.
Perguntas – Reconstrução da Mama
Informações sobre Cirurgia Plástica
Cirurgia plástica de reconstrução da mama com retalho miocutâneo do músculo reto abdominal (TRAM).
1) Quantos quilos vou emagrecer com a reconstrução mamária com o tram?
Informações sobre Cirurgia Plástica
Cirurgia plástica de reconstrução da mama com retalho miocutâneo do músculo reto abdominal (TRAM).
1) Quantos quilos vou emagrecer com a reconstrução mamária com o tram?
Sendo uma cirurgia que transpõe determinada quantidade de pele e gordura de um lugar para outro, evidentemente não haverá uma redução significativa no peso corporal.
2) A cirurgia deixa cicatriz muito visível no abdome?
A cicatriz resultante localiza-se horizontalmente logo acima da implantação dos pêlos pubianos, prolongando-se lateralmente em maior ou menor extensão, dependendo do volume do abdome a ser corrigido. Esta cicatriz é planejada para ficar escondida sob as roupas de banho (há casos, mesmo em que a própria “tanga” poderá ser usada), e infalivelmente passará por vários períodos de evolução, como se segue:
a- Período imediato: Vai até o 30º dia e apresenta-se com aspecto excelente e pouco visível. Alguns casos apresentam discreta reação aos pontos ou ao curativo.
b- Período mediato. Vai do 30º dia até o 6º mês. Neste período haverá espessamento natural da cicatriz, bem como mudança na tonalidade de sua cor, passando de “vermelho” para o “marrom”, que vai, aos poucos, clareando. Este período, o menos favorável da evolução cicatricial, é o que mais preocupa as pacientes.
Como não podemos apressar o processo natural da cicatrização, recomendamos às pacientes que não se preocupem, pois o período tardio se encarregará de diminuir os vestígios cicatriciais.
c- Período tardio: Vai do 6º ao 12º mês. Neste período, a cicatriz começa a tornar-se mais clara e menos consistente atingindo, assim, o seu aspecto definitivo. Qualquer avaliação do resultado definitivo da cirurgia do abdome deverá ser feita após este período.
3) Em quanto tempo atingirei o resultado definitivo?
Na resposta anterior fizemos algumas ponderações sobre a evolução da cicatriz. Resta-nos ainda acrescentar algumas observações sobre o novo abdome, no que tange à sua consistência, sensibilidade, volume, etc.
Nos primeiros meses, o abdome apresenta uma insensibilidade relativa, além de estar sujeito a períodos de “inchaço”, que regride espontaneamente.
Nesta fase, poderá ficar com aspecto de “esticado” ou “plano”. Com o decorrer dos meses, tendo-se iniciado os exercícios orientados para modelagem, vai-se gradativamente atingindo o resultado definitivo. Nunca se deve considerar como definitivo qualquer resultado, antes de 12 a 18 meses de pós-operatórios.
A mama passará pelas mesmas fases da cicatrização. Sua sensibilidade nunca será igual `a de uma mama normal mas haverá certa sensibilidade que progride da periferia para o centro da mama reconstruída.
4) É verdade que será feito um umbigo novo?
Não. O seu próprio umbigo será transplantado e, se necessário, remodelado. Deve-se levar em conta que, circundando o umbigo existirá uma cicatriz que sofrerá a mesma evolução da cicatriz inferior (descrita no item anterior). Pelo fato de ser uma cicatriz circular, em alguns casos a evolução poderá não ser aquela que se deseja, dando como resultado um aspecto “artificial”. Isto acontece em decorrência da anomalia na evolução cicatricial de certas pacientes, o que, entretanto, é passível de correção, mediante “retoque” sob anestesia local, após alguns meses.
5) Ouvi dizer que o pós-operatório é muito doloroso, é verdade?
Uma cirurgia (TRAM) de evolução normal pode apresentar dor moderada, porém suportada com o uso das medicações analgésicas.
6) Há perigo nesta operação?
Raramente a cirurgia de reconstrução mamária com o TRAM traz sérias complicações, desde que realizada dentro de critérios técnicos. Isto se deve ao fato de se preparar convenientemente cada paciente para o ato operatório. Os riscos são inerentes a uma cirurgia de grande porte mas são contornáveis na maioria dos casos. Estes incluem problemas de hematomas, infecções, sofrimento da pele do retalho (perda de parte do retalho), problemas tromboembólicos, entre outros. Felizmente são raros no dia a dia deste tipo de cirurgia.
7) Que tipo de anestesia é utilizada para esta operação?
Anestesia geral. No terceiro tempo poderá ser utilizada a local com sedação.
8) Quando são retirados os pontos?
Entre o 7º e o 15º dias.
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